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São Paulo, 21 - No primeiro fim de semana de 2025, o jornalista Andrés Danza notou que o modo silencioso do celular o fez perder uma ligação de Lucía Topolansky, ex-vice-presidente do Uruguai e mulher de José 'Pepe' Mujica. Ela então enviou um áudio no WhatsApp, mas era Pepe quem falava com uma voz pouco habitual. Ele convidava o jornalista para a sua casa na segunda-feira seguinte.
"Eu vou, mas me adianta alguma coisa", pediu Danza. "O que vou lhe dizer é que estou morrendo", Mujica respondeu. "Eu disse: 'Bem, Pepe, todos nós estamos morrendo e você está morrendo ainda mais porque está prestes a fazer 90 anos'", brincou. E ele respondeu: "Não, não. Isso que eu quero te dizer é muito importante."
Como editor do jornal uruguaio Búsqueda e amigo de Mujica há 28 anos, foi Andrés Danza quem fez a última entrevista com Pepe Mujica, na qual ele revelou que seu câncer era metastático e um tratamento era inviável. Ele mandou Danza ligar o gravador porque queria se despedir e pediu: "me deixem em paz".
"Eu publiquei e isso gerou um impacto mundial", conta Danza. "O que acabou acontecendo é que muitos presidentes começaram a ir à sua chácara. Ele levou isso com muito humor e me dizia: 'me dou conta agora que estão me velando em vida'".
Essa história Andrés Danza contou em uma chamada de vídeo com o Estadão na última sexta-feira, 16, mesmo dia em que Mujica foi cremado e suas cinzas foram colocadas onde está enterrada a sua cachorrinha de três patas Manuela.
O jornalista é autor, junto com Ernesto Tulbovitz, do livro "Uma ovelha negra no poder: Confissões e intimidades de Pepe Mujica", lançado em 2015 pela editora Difel. Livro que no Brasil gera controvérsias até hoje por trazer uma conversa entre Pepe e Lula sobre o mensalão.
Na entrevista, encaixada entre a correria do velório e sepultamento de Pepe, Danza detalhou como foram os 28 anos de amizade com "o presidente mais pobre do mundo" e a falta que fará Pepe Mujica para o Uruguai, o mundo e, óbvio, para ele próprio.
Foram 15 anos acompanhando Pepe para o livro e muitos anos depois como jornalista. Como foi essa convivência ao longo dos anos?
A primeira entrevista que fiz com Pepe eu tinha 20 anos, ou seja, em 1997. Ele era deputado. Agora tenho 48 anos, o que significa que faz 28 anos que o conheço. Nessa primeira entrevista, já percebi que ele era uma pessoa muito particular, muito interessante, mas depois ei um tempo sem vê-lo e quando ele assumiu como senador, em 2000, fui designado pelo jornal Búsqueda como o jornalista responsável pela cobertura do Senado. A partir daí, no ano 2000, comecei a ter uma relação muito mais próxima, que envolvia conversas quase diárias. Posso dizer que falava com ele ininterruptamente por 26 anos ao menos uma vez por semana até o último dia. De fato, a última vez que o vi foi no domingo ado [dia 11 de maio]. Ele já estava mal, estive com ele ao lado da cama. Há uma semana e alguns dias, tive uma longa conversa com ele de mais de 1 hora.
Quando você decidiu fazer um livro sobre Pepe?
Depois ele se tornou ministro, e eu e meu colega Ernesto Tulbovitz, que co-escreveu o livro comigo, mantivemos um vínculo muito bom com ele. Quando ele se tornou presidente, pedimos uma reunião em seu escritório, a Torre Executiva, como é chamada aqui no Uruguai. Quando chegamos, poucos dias após ele assumir, perguntamos: "Como devemos te chamar agora? Presidente?" Ele disse: "Não, não, vocês me chamam de Pepe." "Ok", disse, "Bem, Pepe, mas o que fazemos? Vamos mudar um pouco a dinâmica de comunicação porque é impossível falar com o presidente todas as semanas." Ele disse: "Não, vocês estão muito enganados. Eu não vou mudar nada minha maneira de ser. Vou agir exatamente da mesma forma", então nos deu seu novo número de telefone e disse: "Continuamos com a mesma comunicação." Com Ernesto, pensamos que era um momento histórico que deveria ser registrado. Decidimos propor a ele a possibilidade de fazer um livro que testemunhasse sua agem pela presidência. Ele concordou e, a partir daí, o convidamos para minha casa.
Eu morava num pequeno espaço no centro de Montevidéu e, sendo presidente, disse a ele, "Venha e teremos uma conversa. Uma ou duas vezes, não será mais do que isso", eu prometi. Foram mais de 10 entrevistas e ali foram mais de 80 horas de gravação. Apesar de ser o presidente, ele tocava a campainha como qualquer cidadão às 8 da noite e ficava até 1:30 da manhã. Nós tomávamos uns bons vinhos e fazíamos aquilo que ele sempre gostou que era ter um encontro social, conversar e filosofar sobre a vida e, além das questões políticas, conversávamos sobre tudo. "Um ovelha negra no poder" é um título que me ocorreu no final de todo o processo e propus em uma dessas conversas, pensando que talvez ele não gostasse muito da ideia de uma ovelha negra, mas ele adorou. Disse: "É a melhor definição que fizeram sobre minha carreira política. Sou uma ovelha negra e, de fato, isso é o que tenho sido toda a minha vida."
Existe um Pepe que o público não conhece? Como ele era pessoalmente, fora dos olhos públicos?
Sim, mas devo dizer que é bastante parecido com o Pepe público. Eu o conhecia bem mais intimamente porque, além de tudo, cheguei a conviver com ele, porque de fato nas viagens ao exterior também convivíamos muito. Para você ter uma ideia, estivemos em três continentes. O livro foi apresentado em 10 países, mas fomos a destinos tão distantes como Japão ou Turquia e lá convivíamos muito. Uma das principais características do Pepe, que eu acho que foi a que mais impacto gerou no mundo, é a autenticidade em um momento em que há uma certa crise do sistema político por falta de autenticidade. Pepe era uma pessoa muito autêntica. A segunda grande característica que tinha era o dom da palavra, um grande comunicador. No final, o chamei de um pregador laico.
Mas no mano a mano, na intimidade, era muito parecido. A grande diferença é que, especialmente nessas viagens massivas, ele falava muito, dava muitas entrevistas, falava muito em público e quando descia do palco muitas vezes era como se se apagasse. E ficava muito mais calado. Não gostava de falar tanto, precisava de um tempo para relaxar. Lucía falava mais do que ele. Gostava muito de observar todos os lugares para onde ia e de vez em quando fazia algum comentário, uma pessoa muito inteligente.
Foi para você que ele concedeu a última entrevista, na qual disse que estava morrendo. Como foi esse momento?
Quando cheguei em sua casa, ele estava sentado em sua poltrona, já tinha tudo preparado. Assim que entrei, ele me disse, "Ligue o gravador." E me disse: "Estou acabado, irmão, estou morrendo." E eu digo: "Pepe, o que aconteceu?" E ele disse: "Eles fizeram um exame e o câncer que eu tinha no esôfago se espalhou para o fígado, para os pulmões, para todos os lugares e não me resta muito tempo e eu quero me despedir, primeiro dos meus companheiros e depois dos meus compatriotas e dizer-lhes um monte de coisas muito bonitas, que eu aproveitei muito a minha vida, que eles fiquem tranquilos, mas que até aqui cheguei e que chegou o momento do descanso do guerreiro". Então ele diz a famosa frase: "O guerreiro tem direito a descansar e este é meu momento de descanso. E o que eu peço é que me deixem em paz". Eu publiquei isso e isso gerou um impacto a nível mundial. O que acabou acontecendo é que muitos presidentes começaram a vir à sua chácara. Ele levou isso com muito humor. E ele me dizia, "Eles estão me fazendo o funeral em vida."
Você diz no livro e em muitos artigos posteriores que Pepe gerou amores e ódios, podemos falar um pouco sobre os ódios?
Uma coisa é o Pepe fora das fronteiras [do Uruguai], que principalmente gera amores e outra coisa é dentro das fronteiras que divide um pouco os uruguaios. Pepe era o principal líder incontestável da esquerda uruguaia. O Uruguai neste momento e desde há bastante tempo está dividido praticamente em dois, a metade é de centro-direita e a outra metade é de centro-esquerda Há alguns radicalismos de direita e esquerda, mas o Uruguai é principalmente de centro. E as pessoas mais de centro-direita e mais provavelmente de direita não o veem como um referente. Dizem que por sua forma de viver ou por sua forma de conceber o poder, essa coisa meio distante, consideram que prejudicou a política. O fato é que era impossível ser indiferente a Pepe. Isso é o que têm os grandes homens e os grandes líderes geram paixões. E a paixão tem um duplo aspecto, um lado é o amor e do outro lado é o ódio. E ele gerou isso. Não há nenhum uruguaio que não tenha algum tipo de sentimento por Pepe. Pode ser de amor ou de ódio.
Isso é o que ocorreu no Uruguai, por um tema principalmente ideológico, eu acredito. Quando saíamos com Pepe, quanto mais te afastavas do Uruguai, mais te davas conta da diferença. Por exemplo, no Japão muita gente nem sequer sabia onde ficava o Uruguai, mas eles o adoravam e ele era um rockstar no Japão. Aí você tem dois planos de Pepe: O Pepe da América Latina, que é o Pepe ideológico e o Pepe de esquerda e defensor das ideias de esquerda; e o Pepe do mundo, que é o Pepe filósofo, defensor de ser feliz com pouco, de que os afetos estão acima do material, de desfrutar a vida.
Como era a relação de Pepe com seu ado guerrilheiro? Na América Latina esse é o ponto sensível sobre ele.
Ele não gostava muito de falar sobre isso. Mesmo tendo muita confiança comigo, acabava falando, mas, por exemplo, outro dia me dei conta de que nunca, nesses quase 30 anos, ele falou sobre como foi torturado. Às vezes eu mencionava e ele imediatamente mudava de assunto. E sobre a guerrilha, poucas vezes. Ele me disse mais de uma vez que achava que eles erraram. Isso sim ele disse. Uma das coisas que lhe recriminam aqui é que não houve arrependimento. Não é verdade. Ele disse: "Eu errei, foi um erro " O que ele dizia é que tem que colocar no contexto. "Eu fiz isso nos anos 60, onde estava o modelo de Cuba, onde estava o Che Guevara, a maioria dos países latino-americanos tinha grupos guerrilheiros e nesse contexto pensei que o melhor caminho para alcançar um mundo melhor era através das armas, eu errei". E, de fato, no final alcança o poder através do voto. É uma pessoa que evoluiu muito ideologicamente ao longo de toda sua vida. Outra das coisas que ele dizia é se não tivesse ado pela prisão, não seria a pessoa que foi. Isso o fez valorizar muito mais uma série de coisas que antes não valorizava. Então sim, ele mudou muito, sim, fez autocrítica, sim, teve essa revelação. O que realmente ele não gostava tanto era de falar exclusivamente do ado. Era um assunto que pesava para ele.
E também havia um mea culpa por estar preso no momento do golpe de Estado no Uruguai...
Sim, sem dúvida. Ele dizia que seu principal arrependimento era não ter podido estar lá quando os uruguaios precisavam dele porque, na verdade, quando ocorreu o golpe de Estado, ele já estava preso há muito tempo, assim como todos os Tupamaros.
E existe uma polêmica a respeito do livro que é o trecho em que Pepe diz ter conversado com Lula sobre o mensalão e Lula teria itido o caso. Como você vê esse episódio?
De fato, foi um escândalo. Bolsonaro até hoje ainda o utiliza. Pepe o que estava tentando descrever é uma situação de um país como o Brasil que, segundo ele, é governado de uma forma muito particular. Até nessa conversa eu me lembro que também tínhamos falado naquela época sobre o lançamento do filme 'Lincoln', que mostrava como, em algum momento lá, nos Estados Unidos, iam atrás dos legisladores e acabavam convencendo-os com alguns incentivos ou coisas do tipo e ele diz: "Bem, é a história da humanidade, é tão antigo quanto o buraco do mate."
E sobre o mensalão ele diz: "O mensalão também é Brasil." Na verdade o que estava sendo dito no livro era que Lula estava reconhecendo que esses eventos tinham ocorrido e que ele estava ciente. Quando o livro foi lançado, essa notícia saiu e causou um escândalo gigantesco no Brasil. Lembro-me que, além disso, todos os meios de comunicação pegaram isso, aparecemos por todos os lados. Um escândalo internacional, grande mesmo. No outro dia nós íamos apresentar o livro em Montevidéu com Pepe. Eu achei que ele não ia ir. Encheu de gente. Todo mundo estava atento, porque além disso tínhamos convidado a um salão enorme na prefeitura de Montevidéu. Pepe chegou. Lembro-me que quando íamos começar a apresentação, ele parou ao meu lado e me disse, "Cara, que confusão, irmão. Lula me ligou", me diz, "Lula me ligou, está uma confusão terrível lá." E me diz, "Mas você tem meu apoio, não se preocupe, porque o que eu digo, eu digo". O que ele disse naquele momento é que tinha dito tudo aquilo, mas tinha dito não acusando Lula, mas dizendo que ele tinha ficado no meio disso, que era parte da maneira de governar o Brasil. Essa foi mais ou menos a explicação.
Quando acompanhei as eleições presidenciais uruguaias ouvi de vários cientistas políticos que a política no Uruguai é 'chata' porque é muito tranquila. Como Pepe, sendo esse causador de agitações de vez em quando, estava nisso?
Vamos sentir muita falta dele sob essa perspectiva, com certeza. Eu escrevi uma coluna essa semana cujo título era 'Obrigado pelo Fogo'. E eu me referia a isso, ao fogo que ele acendeu no Uruguai nos últimos 20 anos. Havendo muitos que o odeiem ou que outros o amem profundamente, ninguém ficava indiferente, e Pepe era notícia todas as semanas e todos os uruguaios eram bastante ionais com a política. É muito difícil que surja, durante um tempo, um líder com esse nível de exposição, qualidade e agitação. Um provocador. Os novos políticos são, obviamente, de outro perfil, mas também não se pode culpá-los por isso. De fato, o presidente que está agora, Yamandú Orsi, é um produto político do Pepe. Ele tem algumas características, mas nesse sentido Pepe era único.
Em sua coluna de despedida a ele você diz que ele soube se retirar da política. O que ele pensava de seus aliados ou antigos aliados que buscam se manter no poder?
Ele se irritava muito com isso. De fato, no último período, ele havia ficado irritado com Evo, por exemplo, porque dizia que Evo, na verdade, deveria ter se aposentado. Também Cristina, em algum momento quando Cristina Kirchner ameaçou voltar, disse: "Não, não era o momento para ela voltar." E alguém que o deixava bastante preocupado e irritado era Maduro, por exemplo. Quando publicamos o livro há 10 anos ele já dizia: "Maduro não está à altura de Chávez" e que Maduro era um apaixonado pelo poder. Dez anos depois Maduro continua. Nos últimos anos e meses ele dizia: "Isso é uma ditadura e isso está errado", e que os líderes políticos não podem ser apaixonados por esses cargos.
Em suas últimas falas, Pepe parecia muito consciente de sua própria morte e sua finitude. De fato o era ou era o que tentava transparecer?
Naquela última entrevista, quando me disse que estava morrendo, os olhos dele se encheram de lágrimas. Realmente dava para notar que ele estava muito afetado. Mas depois ou rapidamente e começou a falar de qualquer outra coisa e terminamos falando de política. Lucía naquele momento estava na cozinha e quando eu estava indo embora, fui me despedir e ela estava chorando muito por tudo o que Pepe tinha dito e tudo que ela tinha ouvido. Pepe estava muito tranquilo e na terça-feira ada [uma semana antes da morte], me disse que estava nos seus últimos dias, mas te dizia isso muito naturalmente. Ele vivia isso com naturalidade. "Eu quero morrer como os animais selvagens." dizia, ou seja, muito naturalmente. Em nenhum momento teve medo de sua morte. Ele tinha medo de sofrer. Isso sim, não queria ar por isso, mas não tinha medo de sua morte.
Na realidade ele me dizia: "Que velório que vai ser." Não se enganou. Agora vamos fazer uma reedição do livro e vamos adicionar mais um capítulo, com as viagens. E uma das coisas que ele me disse e que vamos colocar na reedição é: "Meu último ato político vai ser minha morte". E realmente, com o benefício da retrospectiva, ele estava completamente certo.
Como está Lucía?
Lucía é forte e estava preparada porque vinha processando isso há bastante tempo, mas está muito ferida. Via-se que ela estava muito ferida e, além disso, agora vem a pior parte porque vai ter que voltar para a chácara sozinha. Mas Lucía é forte. Pepe se encarregou de deixar tudo bem arranjado, então, acho que ela vai ficar bastante bem. E Lula a convidou para ir ao Brasil. Eu acho que ela vai para o Brasil em breve. Convidou-a para o seu aniversário.
E como você está? Afinal, eram amigos.
Também fui me preparando. Já faz muito tempo que tenho conversado com ele. Claro que te afeta. O que te digo é o mesmo em relação a Lucía e a muita gente que estava muito próxima dele: a questão é daqui para frente porque vai fazer falta. Por todos esses anos, tantas conversas e tudo mais. Era um grande estimulador de pensamento. Ele sempre estava te desafiando a pensar, a fazer teu intelecto trabalhar bastante. Vai fazer falta, vai fazer muita falta.
Como fica um jornalista sem seu principal personagem?
Já tenho alguns projetos em mente, fiquei com uma quantidade de coisas, ele me deixou outra quantidade de coisas para processar. O que acontece com essas pessoas como o Pepe, que aparecem muito, é que suas vidas se prolongam, se prolongam por muito tempo. Isso é certo.
Estadão Conteúdo
Fonte: valedopianco-br.noticiasdaparaiba.com